quinta-feira, dezembro 29, 2005

O desenvolvimento é possível



Há algum tempo, o cenário relativo ao ambiente empresarial do Sul do País mostrava que 8 empresas de Beja estavam classificadas nas 250 maiores (do Sul).

Em 23º lugar aparecia a SAPJU - que hoje tem uma dimensão maior, com interesses no ramo na Região Autónoma dos Açores. Estava ainda cotada nas 100 maiores empresas nacionais.

Em 49º aparece a APS, de Sines (integrada na região do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral). Hoje terá uma outra dimensão.

Em 114º surge a bejense L.A. Cameirinha, Lda.. Também hoje estará alterada uma vez que o grupo (holding) sofreu reengenharias profundas.

Em 133º aparecia a Cameirinha, Belchior & Machado, Lda., pertencente ao mesmo grupo.

Em 192º, estava a José Cândido Chícharo & Filhos, Lda., em 195º a Serranos Automóveis, Lda., em 196º a Sociedade Bejense de Tabacos, Lda. e em 212º, a adega Cooperativa de Vidigueira Cuba e Alvito, CRL..

Este cenário pode ser melhorado, quer para as empresas já cotadas quer para novas iniciativas.

O potencial está cá; falta-nos capacidade sinergética e de gestão do potencial humano, sobretudo do capital intelectual disponível.

Fica claro que se adicionarmos os projectos infraestruturantes à vontade (por vezes pouca) de provocarmos o take-off do desenvolvimento, há um futuro risonho para os nossos filhos.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Mais um grande passo rumo ao futuro




A Europa acaba de colocar em órbita o 1º de 30 satélites geoestacionários que permitirão até 2010 concorrer em todo o mundo com o sistema GPS americano, com uma tecnologia de vanguarda que permitirá uma referenciação de navegação com um erro inferior a 1 metro, contra os 10 metros actuais.

Com o 1º satélite vai o relógio atómico mais preciso alguma vez produzido. Vai igualmente a tecnologia mais avançada do mundo que permitirá à Europa protagonizar o que de mais actual e desenvolvido tem concebido nos finais do Século XX e início do Século XXI.

Diferentemente do sistema americano - controlado e gerido por militares - o projecto Galileo será gerido por civis. E mais uma vez um português foi escolhido para dirigir o projecto.

Recomendo uma visita ao sítio do Galileo.

http://europa.eu.int/comm/dgs/energy_transport/galileo/index_en.htm

Em Beja, de novo e em força

Está agendado!
Para uma grande sessão em pleno cenário de campanha eleitoral, Mário Alberto Nobre Soares estará em Beja no próximo dia 8 de Janeiro, às 17.ooh, no auditório do NERBE.
Trata-se de uma escolha acertada, já que a sala é emblemática relativamente a grandes eventos relevantes para os destinos da região.
Mário Soares - a par de outros socialistas que têm desempenhado cargos de prestígio ao serviço da Nação - sempre se revelou um amigo de Beja e desenvolveu iniciativas no sentido de estimular medidas de política nacionais e comunitárias tendentes a combater o isolamento progressivo, a infoexclusão, a digitoexclusão, a desertificação física e humana e o subdesenvolvimento económico e social, ao ponto de ter efectuado uma presidência aberta a partir do Governo Civil do Distrito de Beja.
Agora como candiato - de novo - à presidência da República, volta a estar connosco.
A cidade e o distrito vão responder com entusiasmo a esta disponibilidade como reconhecimento da simpatia com que Soares sempre acarinhou as nossas terras e gentes.

domingo, dezembro 25, 2005

Parabéns


Pelo logótipo e pela página.
Eis um local a visitar com regularidade, assim a capacidade de publicação útil sobre o desenvolvimento do projecto de importância vital para Beja o patrocine e proporcione.
Estou na linha dos que pensam que o processo de transparência que tem vindo a ser implementado em organismos públicos, empresas públicas sociedades abertas de capitais públicos e mistos - como a EDAB - permite a todos os interessados informar-se com qualidade e evita a especulação.
Afinal, esconder gera dúvida e desconfiança. Mostrar, cala a boca das más-línguas.
Não vou agora tecer nenhum comentário adicional sobre o projecto. Fá-lo-ei mais tarde, noutra oportunidade. Apenas que deve ser aumentada a informação sobre os passos que vão sendo dados pela equipa da empresa.
Seguramente que essa política de abertura e transparência potenciará a retoma da imagem de credibilidade de que o projecto necessita e que, lamentavelmente, saiu beliscada com o anterior CA.
2006 tem de ser decisivo.

Um passo em frente

A possibilidade de criar uma empresa na hora está anunciada na página oficial do NERBE.
Porque importante e decisivo para o desenvolvimento da nossa região, transcrevo aqui o conteúdo da nota, ao mesmo tempo que convido os leitores potenciais empreendedores:
Através da iniciativa 'Empresa na hora' passa a ser possível a constituição de sociedades num único balcão e de forma imediata. Assim, a partir de agora, os interessados:
1. Não necessitam de obter, previamente, o certificado de admissibilidade da firma, junto do Registo Nacional de Pessoas Colectivas;
2. Deixa de ser necessária a celebração de escritura pública;
3. No momento da constituição é entregue o cartão definitivo de pessoa colectiva, comunicado o número de identificação da segurança Social e ficam, desde logo, na posse da empresa o pacto social e a certidão do registo comercial.

A iniciativa de modernização administrativa ‘Empresa na Hora’ constitui o primeiro passo para a simplificação do relacionamento das empresas com a Administração Pública, ao longo de todo o seu ciclo de vida. Esta iniciativa já se encontra disponível em Beja, encontrando-se a funcionar na Conservatório do Registo Predial e Comercial.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Boas-Festas



Aproximamo-nos a passos largos do final de mais um ano. Domingo é Natal.

O que significa (o Natal), merecerá alguma apreciação, dependendo das sensibilidades e convicções de cada um. Há uma cultura instituída em torno da quadra. Mas a essência está lá: reencontro connosco e com os outros, reflexão sobre o sentido das coisas e do mundo, partilha, mais atenção aos sofredores e desintegrados, tolerância, respeito pelos valores da cidadania, cumprir para fazer cumprir. É transversal.

A sociedade portuguesa está num momento de viragem. A Convergência Económica e Social afastou-se da banda larga em que os nossos parceiros comunitários têm navegado e assiste-nos um certo sentimento de infelicidade por não alcançarmos o nível de bem-estar médio que disfrutam as outras sociedades europeias da UE.

Precisamos de mais gente qualificada, de mais empreendedores, de mais dinâmica social, de mais e melhor emprego, de mais e melhores empresas e mais honestidade, mais responsabilidade.

Precisamos de filtragem sobre a mediocridade e o xico-espertismo; de controlo sobre as fugas às obrigações que cada um tem para com a sociedade atrvés do Estado. Maior combate à economia paralela.

Precisamos de melhores serviços públicos e privados, melhor protecção social, melhores polícias e justiça, melhor Serviço Nacional de Saúde, melhor ensino e educação, mais empenho de todos.

Precisamos de motivação, de estímulo, de desincentivo à ostentação, ao consumismo e à desumanização.

Pode ser que o Pai-Natal exista.

terça-feira, dezembro 20, 2005

Extraordinário



No seu melhor, não há dúvida.

Goste-se ou não, o "debate" entre Cavaco e Soares resultou naquilo que os conhecedores de ambos já sabiam de antemão: Soares, potencial vencedor à "partida", foi vencedor durante a "corrida" e à "chegada".

A "velha raposa" da política, o "elefante político" está tão bom como nos melhores tempos. Cavaco escumou pelos cantos da boca, como era previsível. Não conseguiu esconder a sua faceta algo salazarenta como Soares quis que ficasse como imagem do seu adversário.

A comunicação social já elegeu o futuro presidente da república. Mas apenas para a 1ª volta. Embora as sondagens digam que Cavaco Silva ganhe logo à primeira volta, pode muito bem este cenário ter obtido uma inversão a partir de hoje.

Sobre ele - Cavaco - escrevi eu num pequeno jornal lisboeta - o "Livre Pensamento" - em 31 de Agosto de 1988, num artigo intitulado "a República dos Cágados":

...E o Cágado-chefe?

Magro, carão moreno, escumando pelos cantos das mandíbulas de tanto articular a presa língua. Tem uma óptima carapaça! Aguenta-se bem e tem uma série de cágados à sua volta que garantem a sua posição (dele) e melhor, a sua posição (deles).

E as cágadas? Vistosas! Muito senhoras, trazem as suas carapaças muito polidas. Ao mínimo raio de Sol, quase as perdem. Engraçadíssimo ver as cágadas sem carapaça!

O cágado-ancião, mais bonacheirão, transmite uma ar de tolerância, de serenidade. É mais pachorrento. Está sempre pronto a dar bons conselhos e a fazer recomendações aos outros cágados...

quarta-feira, dezembro 14, 2005

A meter água


É a expressão adequada, em jeito de bincadeira.
Os projectos estão em marcha; falta acelerá-los, já que a burocracia é pesada e exige consumos e ocupação de conhecimento muito elevados por parte dos colaboradores.
Independentemente das opções políticas que possam ser tomadas em matéria de colocação de pessoas nos órgão de administração (sempre discutíveis), é preciso não esquecer que - à semelhança do que se passa em centenas de outras organizações públicas, mistas ou de capitais públicos e mesmo privado - há equipas anónimas em trabalho permanente que não se preocupam com quem está, quem vai ou quem vem. Preocupam-se com o projecto, a respectiva missão e cumprimento dos objectivos exequíveis. A excelência dessas equipas reside exactamente aqui.
É na exequibilidade do projecto que o enfoque deve ser estabelecido sendo que a corresponsabilização do accionista maioritário ( o Estado) tem de clara e inequivocamente dar sinais de vontade e comprometimento.
A notícia recente é a de que "a EDIA lança concurso público". Que concurso é este? Exactamente o destinado ao aproveitamento do regolfo para fins de abastecimento público (água para beber), evidentemente em paralelo com a valência agricola. Trata-se da ligação Alvito - Roxo, passando pela barragem do Pisão (Trigaches/Beringel), prevista para 2009, com uma referência de "antecipação em 5 anos". A ver vamos. Desejo ardentemente que sim.
Já agora, recomendo uma visitinha ao portal da EDIA. É só clicar ao lado.

terça-feira, dezembro 13, 2005

Tédio






Não há frescura nas idéias, nos projectos, nas iniciativas. Não há dados novos.

Não há discussão, esforço, irreverência, atitude.

Não há debate.

Este é o sentimento generalizado transmitido pelas pessoas com quem falo. Pouco estímulo, nenhuma emoção. Mesmo com o incidente envolvendo Mário Soares (felizmente sem consequências).

A comunicação social tomou conta dos destinos dos candidatos. Está a produzir o que vão ser os resultados.

Cada vez mais são os media que determinam a intenção do voto. Cada vez menos as candidaturas conseguem traçar os respectivos caminhos.

Aproximamo-nos muito (de novo) do limiar da necessidade de controlo dos órgãos de comunicação social com maior audiência ou tiragem. As nossas convicções são cada vez mais modeladas; fabricadas.

O poder dos media é tremendo. De tal forma que os próprios candidatos o receiam. Temem-no. Ao ponto de se reduzirem a trivialidades para não cometerem qualquer tipo de deslize.

O modelo é mau, não serve a democracia, o povo, a classe política e as Instituições.

domingo, dezembro 11, 2005

O granel continua


Não há maneira de encontrarmos estabilidade e paz para a Praça da República. Autarquia e polícia demitiram-se definitivamente de disciplinar os comportamentos mais despudorados das dezenas de condutores que repetida e sistematicamente prevaricam desobedecendo à sinalização vertical instalada.
A velocidade com que alguns circulam põe em risco a integridade física dos peões que já se tinham habituado à segurança do percurso pedonal seguro pela praça e à possibilidade de sairem dos estabelecimentos e edifícios sem a preocupação de poder ser atropelado por um qualquer veículo.
Não existe a regra do horário de cargas e descargas.
Circula-se e estaciona-se em cima da placa central. Pesados incluídos. Por isso as lages estão quebradas.
Os familiares dos estudantes de música do Conservatório Regional do Baixo Alentejo fazem autênticos aglumerados de carros à porta daquele estabelecimento, como se não fosse possível estacionar no parque da Av. Miguel Fernandes e efectuar uma deslocação a pé de 100 m.
Alguns comerciantes da "Rua das Lojas" e proximidades abusam da condescendência e estacionam os seus carros na praça.
Estes comportamentos - muitas vezes consumados "nas barbas da polícia" - espelham a educação cívica dos condutores protagonistas. São demasiados os casos diários para que se possa deixar passar em claro o laxismo das autoridades face a este fenómeno. A imagem demonstra-o.
Uma coisa é não concordarmos com o sistema implantado; outra é a arrogância da má educação.
Não pode esperar-se desenvolvimento com comportamentos colectivos desta natureza.