quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Uns têm; outros ... não



No sistema de estradas do Baixo-Alentejo, não consegui encontrar uma única referência indiciadora da possibilidade - ainda que remota - de identificação de um posicionamento territorial de abastecimento em baixa de recursos estratégicos.
Encontrei-o apenas neste local.
A probabilidade de obtermos algo idêntico é muito reduzida, tendo em conta a morosidade de que se está a revestir a construção do nosso tão desejado IP8.
Em boa verdade, o problema da nossa região já está há muito identificado como sendo de natureza estruturalmente agricola: excesso de nabos, combinado com a falta de tomates.
Eis a verdadeira razão da nossa subalternidade endémica e reducionista face ao Alto-Alentejo.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Um perigo


Esta imagem reproduz uma propriedade municipal, numa localidade próxima da cidade de Beja - Porto Peles - e constitui, supostamente, uma "ETAR" (estação de tratamento de águas residuais).
Há anos que não está identificada, como é norma.
Há anos que tem a vedação completamente destruída.
O aramado só existe, tenuamente, entre uma ou outra trave de madeira e completamente solto. De que serve o portão de acesso (em ferro e com suportes em alvenaria) se o espaço está devassado?
Este tipo de instalações, obrigatoriamente, tem de possuir vedação adequada, impeditiva do acesso a pessoas, sobretudo crianças. A localidade não terá muitas mas as poucas que existam estarão muito mais seguras se a vedação existir.
Espera-se da autarquia uma rápida resolução deste problema de segurança pública.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Curiosidades


O anúncio não tem nada a ver com o texo.
O texto não tem nada a ver com o anúncio.
Mas o tempo que medeia um e outro, de tão longo parece curto.
E quem o escreveu teve importância histórica e deixou o nome marcado indelevelmente.
Para aqueles que praticam o sobranceirismo, aqui fica o lembrete:
Cópia autêntica da carta existente na Biblioteca Nacional de Lisboa dirigida por Pina Manique, Corregedor de Santarém (e futuro Intendente de Polícia do Marquês de Pombal), ao Duque de Cadaval, Corregedor-Mor da Justiça do Reino.
"Exmo. Sr. Duque de Cadaval:
Se meu nascimento, embora humilde, mas tão digno e honrado como o da mais alta nobreza, me coloca em circunstância de V. Excia. me tratar por TU, - Caguei para mim que nada valho. Se o alto cargo que exerço, de Corregedor da Justiça do Reino em Santarém, permite a V. Excia., Corregedor Mor da Justiça do Reino, tratar-me acintosamente por TU, - Caguei para o cargo. Mas, se nem uma nem outra coisa consentem semelhante linguagem, peço a V. Excia. que me informe com brevidade sobre estas particularidades, pois quero saber ao certo se devo ou não Cagar para V. Excia".
Santarém, 22 de Outubro de 1795. PINA MANIQUE Corregedor de Santarém

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Potencial



Já teve a oportunidade de visitar a barragem do Pedrógão?

Não? Está à espera de quê?

O espelho de água prolonga-se por cerca de 24 Kms., com um enquadramento paisagístico soberbo, adaptado a todo o tipo de actividades de lazer, desporto e recreio.

Para além da produção de energia eléctrica, esta barragem é um aproveitamento da água que sai da barragem de Alqueva, regula o leito do Gadiana a montante e a jusante, e modifica economica e socialmente a sua área de influência.

A freguesia do Pedrógão já está a transformar-se. A construção civil avança na expectativa de novos negócios emergentes da barragem.

É expectável que surjam infraestruturas de suporte a práticas turísticas de qualidade, dirigidas para públicos-alvo particulares que desejam disfrutar de locais paradisíacos, onde a beleza natural, o silêncio, a serenidade e a natureza se combinam.

Cabe aos empreendedores tomar as iniciativas e à Região de Turismo, desenvolver actividades de promoção.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Um golpe de mestre




Quando a notícia surgiu, as bolsas nacionais estavam encerradas.
Mas sempre há uns privilegiados que têm acesso a informação relevante antes de todos os outros. É a vantagem competitiva.
Seria interessante investigar quantos ganharam dinheiro em 24 horas à custa da OPA "hostil" da SONAE à PT.
Como se sabe ( não é preciso ser economista; basta ler jornais) - mal se divulga que A quer comprar B, sendo que A tem credibilidade económica e é concorrente de B - outro de grande prestígio - é porque B é valioso e terá um valor superior ao contábil. Depois sempre existe a estratégia de ataque ao mercado com uma de duas opções: ou junto-me a B ou compro B. Ou então, pura e simplesmente, vejo o furo e quero ganhar dinheiro com a agressividade concorrencial, fazendo bluff.
A reacção é de procura instantânea de títulos de B. Ordem: Comprar!
E o resultado foi a subida em mais de 2 euros por acção.
No dia seguinte - e porque a OPA se afigura como montanha a parir rato - a ordem dos privilegiados que tiveram acesso à informação foi: Vender!
E ganharam uma pipa de massa!
E deixaram a PT e os accionistas menos atentos entalados!
E a populaça nacional a vê-los passar!
Se você e eu tivéssemos acesso na hora à informação privilegiada e bastante dinheiro disponível para investir - digamos uns € 250 000 - teríamos ganho, em 24 horas, uns € 73 300!
Isto é que é produtividade!