segunda-feira, julho 03, 2006

Ó Pacheco!

A Comissão Dinamizadora do Movimento BAAL 21 - reunido em 2006-06-29 na sede da AMBAAL - deliberou nomear Francisco do Ó Pacheco como porta-voz do Movimento.

No artigo anterior já tinha comentado a estratégia comunista em torno desta iniciativa (do maior interesse para a região).

É interessantíssimo estar atento e, de fora, perceber as manobras que o Partido Comunista elabora com vista a garantir o controlo das operações em torno da constituição de um movimento de cidadania que se presumia consubstanciador de todas as sensibilidades e simultâneamente independente.

O que é interessante é que as pessoas e as instituições convidadas e aderentes estão a permitir que tal aconteça, dando credibilidade às teses daqueles que alertaram para o perigo de controlo comunista de um potencial de influência política em torno de temas geradores de convergências opinativas.

João Rocha seria um rosto demasiadamente agressivo para a iniciativa, embora gostasse. Tentou, não conseguiu. Em alternativa, avançou Francisco Santos - mais aberto e tolerante, ainda mal aglutinado pelo sistema mas também ele demasiadamente comprometido para gerar consensos. Fracassou.

Eis que surge a solução!

Perfeitamente identificado com o regime local, com pergaminhos que não o deixam ficar mal na senda estalinista, garantindo a fidelidade à causa, é a figura-de-mão, no momento, disponível e mais adequada.

Espanta-me que toda a gente presente (ou pelo menos a maioria) tenha alinhado nisto.

Evidentemente que o PC de Beja tem elementos imprescindíveis a esta causa. Mas não são, seguramente, os que citei. Além disso, é condenação a priori ao insucesso da iniciativa permitir a coordenação do movimento por um não-notável independente.

Venham Mais

As últimas semanas trouxeram particular animação à cidade de Beja por motivos estratégicos para Portugal.
Por um lado, a potencial instalação da BIR - Brigada de Intervenção Rápida), composta por pelos diferentes ramos das FAP - no Regimento de Infantaria 3; por outro, as tradicionais comemorações do Dia da Unidade da BA 11, fizeram movimentar recursos importantes.
Efectivamente, Beja possui as melhores (e únicas) unidades militares a Sul do teritório continental. Paralelamente, a nossa região permite espaços e enquadramentos geográficos e climáticos que criam ambientes propícios ao treino militar muito próximo do real.
Estamos hoje a falar de militares profissionais, já que o SMO foi abolido. E para que não restassem dúvidas, as Forças Armadas Portuguesas, em jeito de despedida e gradecimento à população da cidade que acolheu as operações, fizeram desfilar em parada qualquer coisa como cerca de 1500 homens e mulheres.
Igualmente a Força Aérea Portuguesa mostrou mais uma vez à população da cidade e àqueles que a visitam, os recursos que possui e as suas actividades.
Toda esta logística tem repercussões na economia local; agita o mercado, forçando-o a adaptar-se e a equilibrar-se.
Está então demonstrado que possuímos requisitos mínimos necessários e suficientes para acolher iniciativas de grande envergadura que não podem ser concretizáveis noutros locais do território.
Falta-nos a capacidade promocional interna e externa e agilidade aos nossos agentes económicos.