A Comissão Dinamizadora do Movimento BAAL 21 - reunido em 2006-06-29 na sede da AMBAAL - deliberou nomear Francisco do Ó Pacheco como porta-voz do Movimento.
No artigo anterior já tinha comentado a estratégia comunista em torno desta iniciativa (do maior interesse para a região).
É interessantíssimo estar atento e, de fora, perceber as manobras que o Partido Comunista elabora com vista a garantir o controlo das operações em torno da constituição de um movimento de cidadania que se presumia consubstanciador de todas as sensibilidades e simultâneamente independente.
O que é interessante é que as pessoas e as instituições convidadas e aderentes estão a permitir que tal aconteça, dando credibilidade às teses daqueles que alertaram para o perigo de controlo comunista de um potencial de influência política em torno de temas geradores de convergências opinativas.
João Rocha seria um rosto demasiadamente agressivo para a iniciativa, embora gostasse. Tentou, não conseguiu. Em alternativa, avançou Francisco Santos - mais aberto e tolerante, ainda mal aglutinado pelo sistema mas também ele demasiadamente comprometido para gerar consensos. Fracassou.
Eis que surge a solução!
Perfeitamente identificado com o regime local, com pergaminhos que não o deixam ficar mal na senda estalinista, garantindo a fidelidade à causa, é a figura-de-mão, no momento, disponível e mais adequada.
Espanta-me que toda a gente presente (ou pelo menos a maioria) tenha alinhado nisto.
Evidentemente que o PC de Beja tem elementos imprescindíveis a esta causa. Mas não são, seguramente, os que citei. Além disso, é condenação a priori ao insucesso da iniciativa permitir a coordenação do movimento por um não-notável independente.