sábado, março 25, 2006

+10%


Não há como dar-lhe a volta.
A administração da EMAS de Beja não se aproxima da excelência. Tem problemas de gestão e não consegue resolver a questão do saldo deficitário de tesouraria, tendo em conta o diferencial entre a água que bomba e trata e a que factura. Haverá furos de diversos tipos e por todo o lado.
Está dependente da Associação de Regantes do Roxo e diz que eles é que têm a culpa porque cobram o metro cúbico a € 0,06, exorbitante tendo em conta os preços praticados por outras entidades noutras zonas do país.
Evidentemente que a culpa não é apenas da ARPR; é também do cliente (EMAS). Está em condições de planear a contratualização de novos pontos de abastecimento em condições bem mais competitivas e não consegue as sinergias e o planeamento estratégico adequados. Aliás, já o devería ter feito há anos.
Face às circunstâncias, na impossibilidade de satisfazer as necessidades dos clientes e de obter receitas mais confortáveis, pede ao executivo camarário para aumentar os preços e aquele concede para proteger os seus correlegionários.
E sobem os preços bem mais acima da inflacção esperada. 10%!
O cliente não tem alternativa. Daí o cartoon que inseri neste artigo.
Embora digam que sim, a água não tem qualidade. Tem cheiro, transporta químicos de tratamento em excesso que causam alergias na pele durante o banho e muita matéria orgânica. O paladar é desagradável.
Mas não podemos mudar de fornecedor. Estamos condenados a ter apenas este.
Em monopólio é assim: o fornecedor é quem dita as regras do jogo.
Então, como não há dinheiro nem condições para gerir o serviço com maior eficácia e ficiência, carrega-se no munícipe.
É bem mais simples e permite uma margem folgada para repensar o que é necessário fazer.
Vai passar a entrar mais dinheiro. Isso é que interessa.

segunda-feira, março 13, 2006

O Sol ataca...



...Cai a placa!

Já não bastava o facto de raros serem os sinais com o registo municipal colocado no verso, dando-lhes a devida legalidade. Sempre que o Sol desponta com mais intensidade, aí está: muitos deles acabam no chão.

É que são colados com uma fita à estrutura que os fixa ao poste. A fita derrete a cola com o calor e... zás.

Interessante este princípio: as barras de fixação são aparafusadas ao poste; os sinais são colados às barras de fixação.

Engenheiros...

quarta-feira, março 01, 2006

Idéias e desasfios


Por duas vezes me referi aqui à questão de saúde pública que representa a proliferação de canídeos de companhia na nossa cidade.
Constata-se que a capacidade de aprendizagem comportamental é bem mais rápida naqueles simpáticos quadrúpedes do que nos seus donos. Estes nunca mais aprendem boas-maneiras para que os seus "pet" não andem a encher de "prendas" as ruas e locais aprasíveis de recreio.
A imagem representa uma idéia interessante que a autarquia de uma cidade de interior como a nossa implementou: simples, utilizando materiais maioritariamente disponíveis em qualquer estaleiro municipal, tendo como inovação, o descartador de saquinhos de plástico para os donos recolherem (espera-se) e depositarem as benditas "prendas" em local adequado.
Os canídeos depressa aprendem, ajudados pelo seu instinto. Os seus donos é que demoram mais tempo. Se cospem, atiram beatas e papéis para o chão, só não fazem o que os seus cãesinhos fazem porque dá muito nas vistas.