Num dos poucos momentos disponíveis para tomar conhecimento das notícias deperei-me com dois statements interessantes: os portugueses são os que mais trabalham na Europa; os portugueses são dos menos produtivos da Europa.
Parece uma incongruência mas não é. Somos dos que mais horas trabalham e dos que menos resultados do trabalho obtêm. Isto por duas ordens de razão: temos baixa qualificação escolar e baixa formação profissional - por um lado (problemas situados no trabalhador); sofremos de desempenho em mau ambiente de organização do trabalho (problemas situados na organização e respectiva tecnoestrutura) - por outro.
Quando a empresa tem colaboradores pouco qualificados (lacto sensu), é fácil imputar-lhes os ódios de todas as desventuras; quando os tem altamente qualificados, as chefias encaram-nos como ameaça porque não conseguem demonstrar que a culpa é deles.
Nas organizações cujo objectivo é o lucro, quando o cume estratégico e a tecnoestrutura são medíocres, quem paga é o consumidor: ferra-se-lhe no preço a pagar.
Mas há excepções.
Na nossa região, infelizmente, abundam estas últimas em coexistência com as não-lucrativas (leia-se sector público e empresarial do Estado).
Planeamento é para gestores; não é para bandeirantes.
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