quinta-feira, abril 11, 2013

Emplastro

Quase o único a concordar.
Figura com notoriedade, conhecido pelo recato, ponderação e tranquilidade assertiva nas suas comunicações públicas, desta vez veio defender o indefensável.
Com esta atitude, o protagonista transmitiu uma imagem de subserviência ao poder. Presidindo a um órgão independente, era suposto que se posicionasse - se necessário, porque parece não o ser - de forma imparcial e sem comentários opinativos.
De facto, a Portaria emitida pelo Sr. Ministro de Estado e das Finanças que impede as instituições públicas de celebrarem aquisições e contratos sem o seu lápis azul, quer de prestação de serviços, quer de consumos correntes, ainda que "compreensível" para alguns (poucos) porque "é preciso identificar abusos", acaba por parar o país. Se se pretende identificar atos de gestão danosa e abusos nos processos de aquisição de bens e serviços de consumo corrente, há que dar condições aos diferentes serviços de auditoria interna e de fiscalização para que desempenhem as suas funções com dignidade profissional.  
Precipitações como esta, acabam por gerar entropias e turbulências prejudiciais à economia e à qualidade da prestação do Serviço Público e não o contrário.
Por estas razões, perdeu o sr. Presidente do Tribunal de Contas, dr. Guilherme de Oliveira Martins, uma oportunidade de ouro para estar calado.

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