Leu bem e está bem escrito. Se tivesse acento circunflexo na vogal da última sílaba, estaria a referir-me a Sebastião José de Carvalho e Mello e não estamos no século XVIII. Por outro lado, polémicas e registos históricos à parte, o Marquês de Pombal teve um desempenho como equivalente a Primeiro Ministro, à época, que Marques de Pombal não terá nunca nem chegará a Primeiro Ministro.
Subsidiariamente, Marques de Pombal é um líder possível, no contexto e a prazo, por não reunir condições de perfil e vontades indubitáveis dos que (supostamente) o apoiam. Paradoxalmente, Manuela Ferreira Leite reuniu mais votos para o desempenho do lugar para que foi eleita do que o prório Líder.
Estas situações não são novidade no sistema político partidário português. O PS - que hoje governa e com maioria absoluta - viveu algo de semelhante com Ferro Rodrigues.
Não se trata apenas de pessoas mas de ambiente contextual conjugado com perfis. Marques de Pombal (Luís Marques Mendes), surge como a solução possível e - se outro evento de relevo não acontecer antes - será protagonista da responsabilidade da provável nova derrota eleitoral do PSD, agora nas autárquicas. E pode resultar daí, nova mudança na liderança com vista a aproveitar a possibilidade de Cavaco Silva ser o candidato às presidenciais e não ter alternativa que o derrote.
Só a partir daí e nesse cenário é que o principal partido da oposição poderá aspirar a ser alternativa credível ao PS.
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