Hoje é dia de saldos da baratona!
E da Popota!
Portugal vende, em promoção, todas as empresas públicas ou de capital maioritaria ou minoritariamente público. Para isso veio uma delegação de representantes de grandes empresas alemãs, dos diferentes setores de atividade, para comprar aquilo que a Troyca obriga a vender.
No tempo de Oliveira Salazar, os preferidos eram os ingleses. Foi assim com a Companhias Reunidas de Gás e Eletricidade; com a Anglo-Portuguese Telephone, com a Companhia Carris de Ferro de Lisboa, e outras.
Agora é uma versão revista e aumentada com vassalagem aos germânicos.
Quando aderimos à então CEE - Comunidade Económica Europeia - ficámos conscientes que tal implicava uma determinada perda de soberania; isto é, deixávamos de ser absolutamente independentes porque passávamos a integrar uma comunidade de estados soberanos que tinham órgãos transnacionais com capacidade legislativa e executiva num patamar superior ao das nações integrantes. Em troca receberíamos dinheiro, muito dinheiro mas tínhamos de abdicar de determinadas atividades produtivas porque já havia quem o fizesse na europa dos 12. Não há almoços grátis.
Foi assim que acabámos com a frota mercante, com a frota de pesca, com as trefilarias, com as cablagens e malhetes, com a construção naval, com a siderurgia, com a SOREFAME, etc.. O protagonista principal foi o Sr. Aníbal. Recordam-se?
Comandada por um português que foi corrido da governação por incompetência e que sustenta a verdade científica de um dos princípio de Peter (as pessoas são promovidas até ao limite da sua incompetência) - temos uma Comissão Europeia que anda a toque de caixa de certa Popota que tem feito um ótimo trabalho de redução a vassalos dos governos dos estados membros da atual UE, com particular destaque para os apressados que aderiram à moeda única, na expectativa de, a seguir, se consolidar a união política.
A moeda única não tem culpa; a ideia até é boa. O problema é que resultou para as economias fortes (Alemanha e França) e não resultou para as economias fracas como a nossa, a da Irlanda e a da Grécia.
Ainda por cima tivemos de comprar - com o dinheiro que nos deram - as produções dos que nos deram o dito. Comprámos tratores, alfaias, equipamentos, automóveis, máquinas diversas e tantas outras coisas aos alemães, franceses e (muito menos) aos italianos e até tivemos de lutar com todas as forças para obtermos quotas agricolas e de pescas.
Passamos a ter as vantagens comparativas que tínhamos (e mal) antes do 25 de abril: vinho, têxteis e calçado em troca do resto.
Fomos integrados no grupo PIGS: Portugal, Italy, Greece and Spain. A Irlanda caiu fora porque não faz parte do Sul da Europa. Passámos a ser europeus de segunda categoria porque nos transformámos em chulos.
Mas quem vendeu 2 submarinos a Portugal e 6 à Grécia - que só para os por a trabalhar custa uma pipa de massa - é bonzinho. É big brother. Perdão, big sister.
E aqui estamos nós à espera do perdão clemente do maior financiador do orçamento da União por termos recebido o dinheiro que nos era devido em nome da convergência nominal e real - que nunca chegaram a concretizar-se - levando belos açoites da Popota, sem rumo à vista, mesmo com os predicados que os navegadores e aviadores portugueses tiveram nas rotas intercontinentais.
Onde pára a raça lusitana de Certório, Viriato, Mumadona, Afonso Henriques, Mendes da Maia, Brites, Condestável, Carvalho e Melo e mais alguns que vieram depois?
Quando vamos chamar à participação os visionários e cérebros estrategos que nunca chegam onde fazem falta?
Do que estamos à espera para corrigir o rumo e afinar a rota do caminho para uma nova ordem económica mundial e europeia?
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