quinta-feira, março 24, 2005

Já está!

Finalmente está decidido.
Ontem à noite a Concelhia de Beja do Partido Socialista deliberou em Assembleia de Comissão Política quem é o candidato à Câmara Municipal de Beja.
Os vaticínios que foram correndo nos media não estavam longe da realidade.
O que parece relevar neste processo que foi moroso, é o cuidado manifesto de ponderar prós e contras, muito embora não tivesse sido descorada a estartégia que foi conduzida ao longo de alguns meses, desde as eleições para o Secretário-Geral. De facto, há aqui uma significativa afirmação na Concelhia de Beja do grupo de apoiantes de Manuel Alegre; afinal é ele (grupo) o principal sustentáculo do agora candidato à edilidade bejense.
A liderança federativa não terá conseguido inflenciar, até aqui, o processo e a esse fenómeno não serão alheios alguns pormenores como o de que o patriarca Manuel Masseno ser apoiante de Manuel Alegre e as ligações directas a Lisboa por parte de figuras próximas da candidatura.
As vozes discordantes não apresentaram alternativa pelo que sairam fragilizadas. Aliás, os timings estão largamente ultrapassados pelo que qualquer processo de adiamento da deliberação de ontem poderia resultar nefasto para o sucesso da campanha que se avizinha.
Vamos ver agora o que o candidato consegue fazer em matéria de definição das políticas de fundo que vão nortear o seu ministério se for eleito e que equipa vai escolher para o apoiar nessa tarefa ciclópica.
O terreno está armadilhado; o orçamento totalmente comprometido, pelo menos até 2007; o Concelho não tem estratégia desenvolvimentista; os vícios são imensos; o PDM está carecido de monitorização; as infraestruturas da Cidade não são actualizadas há décadas; a rede de esgotos pluviais está incompleta; a rede de abastecimento público de água há quase 50 anos que não recebe uma reforma de fundo e falta uma mãe-de-água nova para servir as actuais necessidades e as dos próximos 25 anos. O sistema de trânsito na cidade não é funcional; a rede de parques de estacionamento não é má mas não tem projecto de interface; o Polis não cumpriu as expectativas; a habitação e o custo-de-vida são os mais caros de todo o território nacional e o sistema urbano de transportes colectivos não satisfaz os objectivos que se pretendiam atingir.
Eis alguns dos problemas que Carlos Figueiredo terá de encarar e propor soluções.

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