O período que estamos a atravessar - por demais comentado, esgrimido, gritado - vem consolidar a razão àqueles que, em boa hora, pincharam na então ensecadeira a célebre frase construam-me, porra!.
A barragem está feita.
O Guadiana viu o caudal estabilizar; está a ser construida a barragem do Pedrógão, outra está adjudicada junto a Trigaches.
O princípio da reserva estratégica de água está a cumprir-se: é o maior lago artificial da Europa e está cheio. Possuo ainda uma t-shirt com uma frase alusiva ao encerramento das comportas que diz: vamos meter água e com muito gosto.
Criou-se uma expectativa e uma cumplicidade enormes em todos os sectores sociais da região. Quase todos puxaram a corda para o mesmo lado.
Porém, as opções de planeamento dos governos do PSD - Durão Barroso e Santana Lopes - colocaram na gaveta os planos de irrigação e abastecimento. Agora temos aquele imenso mar desaproveitado, o sector agricola à míngua e as populações a poupar o mais que podem para que falte o menos possível nas torneiras.
Antes, ía para o mar; agora não vai para lado nenhum.
Estão os nossos vizinhos espanhóis a aproveitá-la e muito bem. Afinal, a água também é deles.
Teremos de obter do governo liderado por José Sócrates a garantia indelével de que o sistema de canais, a rede de distribuição e os equipamentos necessários serão prioritários e terão luz verde para arranque ontem mesmo.
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