quinta-feira, abril 27, 2006

Coragem


Admiro a coragem do Engº. João Paulo Ramôa. Reporto-me aos seus comentários sobre alegadas irregularidades eleitorais protagonizadas pelo presidente da concelhia de Ourique, José Raúl dos Santos e do alegado envolvimento de uma instituição privada de solidariedade social da mesma vila em que aquele político é responsável.
A política tem de ser progressivamente melhor e mais transparente.
A promiscuidade entre organizações e partidos políticos deve ser paulatinamente diminuida, de forma geométrica; isto é o mais aceleradadamente possível.
O futuro de Portugal passa pela qualidade das pessoas e dos partidos - como todas as outras organizações - são constituidos por pessoas. Aqueles que tiverem os melhores quadros, serão os que apresentarão melhores resultados e vice-versa.
O caciquismo e o caceteirismo fazem cada vez mais parte do passado. Há uma nova geração que, embora já pertencesse aos respectivos partidos, está a emergir na cena política por não se conformar com a mediocridade e o clientelismo (para não lhe chamar outra coisa). Por seu turno, os que se perpetuaram nas lideranças pelo simples facto de que no passado andaram a colar cartazes ou porque já exercem lugares há muito tempo e por isso se consideram insubstituíveis, porque em regra são empregados políticos - fora da actividade partidária não têm ocupação - começam a ver periclitar as suas posições e, por vezes, excedem-se nas tentativas de manipulação.
Vão sair de cena muito chamuscados.

3 comentários:

  1. Confesso-me Social Democrata, na verdadera acepção da palavra, e milito no Partido Socialista. Contradição? Talvez para quem desconheça a História Ideológico-partidária. O PSD Português não é um Partido que faça parte da Social Democracia, mas é, isso sim, parte intergrande do Partido Popular Europeu. Adiante, que não há tempo para considerandos. Caro António, prezo em ver que continuas fiél ao tão necessário "politicamente correcto", ao hábil jogo de cintura (o que alguns pensarão - erradamente, estou em crer) e subscrevo, com reformulação da classificação que utilizaste, a parte de dizeres que admiras a "coragem" do JPR. Eu não lhe chamaria coragem, de modo algum. JRP é, de momento, o peão mais bispo e o bispo mais rei do tabuleiro laranja. Por isso, não é necessária muita coragem, apenas o mínimo de inteligência para desenhar uma jogada que lhe pode valer cheque-mate. Nestas coisas da política, você sabe-o bem, é tudo uma questão de timing, perspicácia e sorte.

    Um pequeno reparo: corrija uma ou outra parte do Português deste artigo (falhas no teclado, concerteza).

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  2. Peço-lhe desculpa por ter pedido para rever o Português...
    ... de facto é o seu blog que está a comer palavras... mau alnihamento do template.

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  3. Obrigado pela nota do português.
    Tenho pena que optasse pelo anonimato, tendo em conta a qualidade do comentário. Ainda assim atrevo-me a sugerir uma leitura das entrelinhas do meu texto. Estou certo que vai descobrir coisas muito interessantes.

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