quinta-feira, abril 13, 2006

Quando a sede desperta

A questão da água e da respectiva qualidade tem vindo a tornar-se cada vez mais candente para os munícipes bejenses. Na realidade é uma questão vital, pelo que não admira que o cidadão comum procure razões para a falta de planeamento do futuro nesta matéria.
Como decerto repararam, na última factura dos SMAS Beja vinha anexado um documento com a análise da qualidade da água, com os parâmetros obrigatórios. Um deles é escandalosamente negativo e está relacionado com aquilo que se pode chamar de matérias em suspensão na água que bebemos.
Todos nós reparamos que os nossos lavatórios em casa ficam cheios de depósitos negros, que a água tem cheiro e paladar estranhos. Tudo isto deriva daquele parâmetro altamente negativo.
A grande massa de água de consumo urbano potável vem da captação existente na barragem do Roxo. Esta barragem é a 2ª do país que, neste momento, tem menos água. Se tem pouca água, a taxa de concentração de materiais orgânicos e outros é muito mais elevada e exige correcções químicas cada vez mais dispendiosas. Por outro lado, provavelmente, a ETA que a trata já não terá condições técnicas para correcções em extremo.
Impõe-se, por isso, com urgência, que seja planeada a construção rápida de uma nova mãe-de-água para abastecimento do concelho e que junto da EDIA e seja despoletada uma parceria para a captação na barragem do Pedrógão (menos distante), talvez por Baleizão.
Ainda que muito explorada (lembremos do caso Álamos e dos outros que estão para ser feitos), a albufeira de Pedrógão tem uma extenção de 24 Kms, enche facilmente, reabastece Alqueva por bombagem de retorno e tem níveis de qualidade (oscilantes é verdade) muito interessantes, o que torna o tratamento da água mais barato.
O concelho, entretanto, sobretudo na cidade, tem de programar a renovação da rede que está velha de mais de 50 anos.

1 comentário:

  1. "Impõe-se, por isso, com urgência, que seja planeada a construção rápida de uma nova mãe-de-água para abastecimento do concelho e que junto da EDIA e seja despoletada uma parceria para a captação na barragem do Pedrógão (menos distante), talvez por Baleizão."

    Como? Com urgência? Talvez?

    A alternativa é a verificação das (des)cuidados ambientais que rodeiam as linhas de água que abastecem aquela barragem. Aliás, há anos que, quando em Beja, apenas bebo água de garrafa.

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