O mal-estar geral vivido no seio da coligação está a assumir proporções alarmantes. Antes do anunciado pedido de demissão do ministro Henrique Chaves já a nossa região estava a viver momentos de agitação com anunciadas danças de cadeiras, em consequência das decapitações políticas que começaram a ter lugar em Évora.
O nosso distrito - apesar de geograficamente ser o maior - não tem lugares suficientes para atribuir a todos quantos aspiram ver reconhecida a fidelidade ao líder. E os despeitados não hesitam em apunhalar os que viram contempladas as suas ambições, furtando-lhes os lugares ambicionados.
Não podemos, todavia, medir todos pala mesma bitola. Existem mulheres e homens de carácter que estão na política para servir e não para se servirem. Esses aceitam participar em condições de dignidade e exigem escolher as suas equipas para garantia de estabilidade e máximos de eficácia e eficiência na aplicação das medidas de política.
Evidentemente que estas pessoas não estão disponíveis para que lhes sejam impostos medíocres ou elementos cuja única competência detida é aparecer por detrás do protagonista mais mediático que tem à mão, vivendo da sua sombra.
Hoje a política já não se faz a colar cartazes, colocar pendões, organizar caravanas ou gritar para o megafone. Faz-se pela afirmação da qualidade dos diferentes elementos propostos pelos partidos e em locais e horas devidamente planeadas e com intervenções credíveis.
Político que mente, fá-lo duas vezes no mesmo momento: a primeira e a última. Não mais deixa de ser mentiroso.
E à mulher de César, não basta sê-lo; é preciso parecê-lo.
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