O PR veio dizer ao país das razões que sustentaram a sua posição de dissolver a AR, sem demissão do Governo.
Nestas circunstâncias - e no cumprimento da Constituição - o Decreto de dissolução do Parlamento será assinado e produzirá os efeitos que se conhecem, dentro em breve.
O Governo continuará em funções mas advertido de que, se continuar no abuso das nomeações, o PR agirá e torna-las-á nulas.
Os comentadores apressam-se a esgrimir das suas visões e interpretações, consumindo tempos de antena nos diferentes canais de televisão superiores aos do PR, Governo e partidos, no seu conjunto.
Excepção para os debates que começam, confrontando os princípais protagonistas do espectro político-partidário.
Mas até agora nada de novo é apresentado pelos dois partidos da maioria: PSD e CDS. A pré-campanha é feita com ênfase na demissão absurda da AR e no facto de o OE ter sido aprovado, porque é bom.
Já me soa a cassete. Os partidos da maioria ainda não perceberam que o PR dissolve o Parlamento porque este já não está em condições para fornecer uma solução competente de governo.
O esforço de criação de factos políticos não consegue agitar os eleitores que consideram que o acto do PR é um bom acto e demonstram que os portugueses atingiram a maturidade política.
A serenidade que demonstram é extraordinária e os serviços do Estado exibem um profissionalismo que destoa das críticas que o actual governo sempre lhes atribuiu.
Queiram ou não queiram, vamos a votos.
O poder retornou ao seu legítimo proprietário: o povo.
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