O maior evento socioeconómico do Alentejo - o maior a Sul do Tejo e, quiçá, o 2º maior do país depois da Feira Internacional de Lisboa - terminou.
Começou a 23ª Ovibeja.
Como nos anos anteriores, tivemos fartura de críticas positivas e negativas. As críticas fazem falta já que não está criado um sistema de monitorização da opinião pública. Aqui está uma boa oportunidade para os alunos das escolas superiores que ministram cursos na área da Sociologia Aplicada, elaborarem um bom trabalho de fim de curso.
Mas tive a sensação de que a cidade está divorciada da feira. Durante a semana da Ovibeja, encheu-se de forasteiros - o que é bom - e esvaziou-se de bejenses.
Não haverá nada de extraordinário nisto. Em boa verdade, os produtos de qualidade destinam-se maioritariamente ao mercado externo, àquele mercado que extravasa as fronteiras geográficas do ambiente em que a organização se insere.
A qualidade dos expositores aumentou e o ambiente tornou-se mais organizado. Uma nota negativa para uma parte da restauração: em geral, a higiene e salubridade têm de melhorar e a relação preço-qualidade tem de se equilibrar. As designadas tasquinhas - onde supostamente se pode comer mais barato - mancharam mais uma vez a restauração da feira. Nota muito positiva para os expositores de produtos regionais.
Para a próxima julgo oportuno que a Feira ultrapasse definitivamente os muros do Parque de Feiras e Exposições. Teremos já o Pax Júlia a funcionar, o espaço arqueológico do Sembrano e entendo que os museus e a Casa da Cultura devem ser integrados no processo.
Os espectáculos devem multiplicar-se e melhorar na qualidade dos convidados como também devem servir todos os gostos.
Por que não transformar a Ovibeja na grande festa da cidade?
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