Partiram os limitadores de pedra; invadem o passeio público; ocupam o espaço pedonal; trancam os acessos de emergência; instalaram-se no átrio do edifício construido sobre os espojos arqueológicos do Sembrano.
Este é o cenário do Largo de S. João, sob contemplação passiva das autoridades policiais da cidade.
A pequena praça é um autêntico campo de batalha onde os comerciantes locais dão o péssimo exemplo de sublevação e alteração da ordem pública, partindo, estacionando, trancando, arruaceirando, agredindo a liberdade dos outros, abusando da sua e dando péssimos exemplos de comportamento aos restantes automobilistas.
Podemos considerar que a "obra de arte" ali instalada é de gosto e sensibilidade particularmente duvidosos, como podemos admitir a eventualidade da inadequação da adjudicação daquele trabalho. E podem os bejenses não aceitar que aquele elemento constrangedor dessas mesmas sensibilidades esteja ali plantado, junto ao edifício iconográfico que é o Pax Júlia e em frente à edificação enquadradora das ruinas.
Mas que com base nesse desgosto se assalte o território com viaturas automóveis, se estacione no átrio do edifício do Sembrano e se destrua o material arquitectónico do largo, é que já não cabe no léxico da cidadania.
E já que os hábitos de civilidade urbana estão pela hora da morte em matéria de defesa daquilo que é nosso, de todos, que a polícia actue e faça cumprir o Código da Estrada e a Lei em matéria de atentado contra o património urbano.
Não deixo de condenar a Câmara Municipal de Beja por não interceder junto do Comando da PSP de Beja nesse sentido. E se o fez e não obtém resultados, porque não comunica ao Governador Civil e não o denuncia publicamente?
Urge dissuadir os salteadores do largo perdido, antes da inauguração do novo Pax Julia.
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