sexta-feira, setembro 24, 2004

The dark side of the Polis III

Atribuí ao Parque da Cidade, o terceiro episódio desta novela.
O parque está muito bem conseguido e as propriedades horizontais da Cooperativa Lar para Todos viram o seu valor incrementado algumas vezes. Os arquitectos e engenheiros que o conceberam estão de parabéns.
Todavia, o projecto tem algumas lacunas como o mau planeamento dos acessos por peões e por veículos, a indefinição das ciclovias, a manutenção do caneiro pluvial a céu aberto na vulgarmente designada Rua de Lisboa, os atrasos na implantação dos conjuntos vegetais, das cortinas vegetativas e dos tapetes de gramado e, sobretudo, o esquecimento desastroso do sistema de segurança.
Um parque com estas características não é susceptível de estar disponível sem um sistema de vigilância e segurança de pessoas e bens. A prová-lo estão já os relatos de actos de vandalismo perpetrados contra o património móvel e imóvel do espaço.
É necessário implantar um sistema activo de videovigilância, controlado preferencialmente por uma operadora privada do sector, 24 horas por dia e ligar rapidamente o sistema de iluminação pública.
Só desta forma se evitará a delinquência e a marginalidade, vulgar em espaços semelhantes existentes noutras cidades do país.
É preciso não esquecer que o parque tem espaços para exploração do canal económico HORECA e outros e que os potenciais clientes desejam sentir-se seguros e os operadores verem salvaguardados os seus investimentos.
Por seu turno, a Câmara Municipal deseja gastar o mínimo possível na manutenção do espaço (que é dispendiosa). Quanto a isto, espero que a Edilidade bejense não tenha a mesma atitude que tem com o mobiliário urbano que instalou anteriormente ao Polis: não faz manutenção. As paragens da urbana não são limpas, os bancos não são repintados e as madeiras não são envernizadas. Quanto às papeleiras (que parecem mais um money can peace sem cabeça do que outra coisa), limita-se a mudar o saco de recolha.
Não estou, de novo, a falar de coisas que signifiquem gastos extraordinários ou exurbitantes. São correcções perfeitamente exequíveis do ponto de vista orçamental.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Coloque aqui o seu comentário