quarta-feira, setembro 08, 2004

O grito

No próximo dia 17 são inauguradas as obras do Pólis com pompa e circunstância. A Nação estará representada ao seu mais alto nível com a anunciada presença de Jorge Sampaio, sem sombra de dúvida, um amigo do Baixo Alentejo.
Não são ainda conhecidas as actividades programadas para o evento mas sabe-se que na Praça da República, da parte da tarde, actuarão pelo menos os coros da cidade.
Não vou aqui falar dos encantos e desencantos do Programa Pólis. Pelo menos, hoje. E há muito que falar. De bom e de mau.
Em oportunidade mais aconselhada, abordarei o tema.
Quero antes reforçar o enfoque na amizade que o Presidente da República nutre pela nossa região e o empenho que ele lhe tem dedicado, na justa medida do que que é institucional e politicamente correcto. E aproveitar para - pela enésima vez - relembrar as promessas não cumpridas relativamente às obras infraestruturantes determinantes para o desenvolvimento sustentado e sustentável e para a inversão do fenómeno da desertificação humana.
É ao Governo que cabem as decisões nesta matéria; não ao PR. Mas já que temos um amigo, vamos pedir-lhe para de novo interceder por nós junto do Governo. É preciso que se faça mais obra e menos política embora a política determine a obra.
Ansiamos pelo IP8, pela ligação ferroviária Sines-Beja-Moura-Espanha, pela electrificação da ferrovia até Beja, pelo aeroporto de Beja, pela continuação das fases do projecto do Porto de Águas Profundas de Sines, pela concretização dos projectos da responsabilidade do GESTALQUEVA (com dinheiro e sem obra), pela aceleração da concretização dos projectos da área do regolfo de Alqueva, da responsabilidade da EDIA (que tem obra mas não tem dinheiro), pela criação do Parque Tecnológico de Beja e pela homologação de novas licenciaturas vocacionadas para nichos do conhecimento específicos, com procura e sem oferta, para todas as escolas superiores - públicas e privadas - de Beja.
Senhor Presidente da República, Excelência, bom amigo Jorge Sampaio, dê lá mais um empurrãozinho Junto do Primeiro Ministro.
Não, não, não não é para ele cair. É para andar um bocadinho mais depressa do que a tartaruga e mais devagar do que a lebre. Tipo metro de superfície.
Bem Haja.

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