Assumiu, apontou desnortes, mostrou as entropias, e foi dispensado.
Refiro-me a Mourato Grilo.
A política na nossa região é essencialmente isto. Não podem existir pessoas competentes à frente de projectos porque seguidistas medíocres desocupados rapidamente se fazem rabiar influenciando amigos para que não percam os tachos.
Mais uma vez João Paulo Ramôa assistiu - qual Pôncio Pilatos - impávido e sereno a mais esta enormidade. Mais uma vez lhe faltou coragem, carácter e dignidade para colocar as chaves do Governo Civil de Beja em cima da mesa de trabalho do Primeiro Ministro.
Acabamos de perder um pragmático executante de obra que - independentemente das opções políticas - poderia dar-nos alguma esperança de concretização do projecto. Em troca mantiveram-se dois dos elementos do CA da EDAB referenciados por tudo e todos como inadequados aos interesses modelo, curiosamente fortemente relacionados com José Raúl dos Santos.
Um deles, assumirá interinamente a presidência da Câmara municipal de Ourique, já que os tripeiros irão eleger JRS ( que consta em lugar aparentemente elegível na lista de candidatos a deputados pelo PSD, ao Círculo Eleitoral do Porto ).
O outro, vai ficar. Exactamente aquele que foi apontado por Mourato Grilo como, provavelmente, o menos adaptado às funções que lhe foram confiadas.
Demonstra-se à evidência a mesquinhês das mentalidades dominantes que se adiciona à facilidade com que os vira-casacas se manobram nos meios políticos.
Até já vemos Adérito Serrão como Presidente do Instituto de Metereologia e Geofísica! Como ele se ajeita!
Mas há outros. Muitos mais. De todos - ou quase todos - os quadrantes políticos.
A classe política portuguesa está cada vez mais podre e a III República cada vez mais esgotada.
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