Já teve protagonismo. Uniu durante anos duas margens. Há muitos mais votada ao silêncio. À mercê da degradação e da ruína.
É um síbolo da arqueologia industrial e da engenharia. Da actividade económica e social caracterizadora de uma época da região.
Faz parte do Ramal de Moura dos serviços nacionais de transporte ferroviário, conjuntamente com outras mais pequenas que nunca chegaram a ser concluidas. Morreu antes de nascer.
Serpa e Moura são agora cidades. Discutível, mas são.
Tenho a esperança de que, com a entrada em actividade da valência civil do aeroporto de Beja - que arrastará consigo a electrificação da ferrovia até Beja e a chegada do serviço pendular - o ramal de Moura seja recuperado e activado.
Romantismo? Talvez. Mas esperança.
É preciso acreditar.
Foi antes do "meu" tempo, quando ainda circulavam aí comboios com regularidade. É pena, que as linhas de comboio tenham de morrer assim, deitados. Só as pontes morrem de pé. Mas se o turismo em volta do Alqueva, um dia, se desenvolver mais, pode ser, que algum investidor se lembra em recuperar esta linha. Pena é, que a CP tenha uma flexibilidade para novidades como uma viga duplo T, ou seja, para "vender" esta linha, vai ser complicado, como se vê nos edifícios antigos pelo país fora.
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