No passado dia 06 de Junho, inaugurou-se a ligação ferroviária Beja / Lisboa / Beja, pela ponte 25 de Abril, com términus na Estação do Oriente.
É uma acontecimento histórico de relevância sócio-económica para a região. Porém, Governador Civil e - pelo menos - autarcas dos concelhos servidos pela linha, nenhum deles se dignou a emprestar alguma solenidade e reconher a importância do investimento estruturante realizado pela REFER.
É preciso não esquecer que a linha passa pela base aérea nº 11 - onde será (?) concretizado o projecto do aeroporto de Beja - e que pode, a partir dela, estabelecer-se a ligação ao terminal portuário de Sines.
Sabe-se que, em breve, se iniciará a sua electrificação até Beja e efectuarão algumas pequenas obras na via que permitirão aumentar a velocidade de circulação.
Desta vez, a ferrovia ganhou à rodovia (IP 8).
Mas a utilização do combóio - 2º transporte mais seguro do mundo - obedece a critérios de atractividade e qualidade. E duas questões se colocam neste momento e que não têm relação com a REFER mas com a CP, a saber: Horários e preços.
O horário não é, efectivamente, atractivo. Anteriormente, o Inter Cidades partia às 07.45 de Beja, o que permitia chegar a Lisboa - Terreiro do Paço, a horas muito favoráveis.
Agora o Inter Cidades parte de Beja às 08.26 e chega à Estação do Oriente às 10.45h o que manifestamente anula a utilidade da manhã para, por exemplo, tratar de assuntos na Administração Central ou estar presente em actos médicos.
Evidentemente que não é fácil conciliar interesses e horários, sobretudo quando se tem uma linha com muitos quilómetros de via única e um utilizador privado como é o caso da FERTAGUS. Mas tem de ser feito.
Uma segunda questão prende-se com o tarifário: 13 euros por bilhete simples,ida e volta 26 euros com 20% de desconto, o que dá 20.80 euros. Subiu mais de 3 euros com a alteração. Este tarifário reduz a vantagem competitiva face ao automóvel e face ao transporte em autocarro expresso.
Estas duas circunstâncias afectam a possibilidade de aumentar a quota de clientes maiores de 12 anos e menores de 65; isto é, do grupo de pessoas que não têm direito a qualquer redução de preço. Menores de 12 anos, cada vez há menos e maioresde 65, cada vez há mais.
E não me parece que o simples facto de se ter desclassificado o Inter Cidades da hora do almoço para Regional, seja suficiente para compensar esta falta de atractividade conquistadora de novos adeptos do transporte ferroviário.
Espero que o bom-senso e as autoridades sejam capazes de transformar em realidade o que é evidente. Provavelmente ainda não deram pela mudança porque há muito que deixaram de andar de comboio.
E quando se deixa de andar de comboio ou de autocarro, deixa de se conhecer a alma do povo.
É uma acontecimento histórico de relevância sócio-económica para a região. Porém, Governador Civil e - pelo menos - autarcas dos concelhos servidos pela linha, nenhum deles se dignou a emprestar alguma solenidade e reconher a importância do investimento estruturante realizado pela REFER.
É preciso não esquecer que a linha passa pela base aérea nº 11 - onde será (?) concretizado o projecto do aeroporto de Beja - e que pode, a partir dela, estabelecer-se a ligação ao terminal portuário de Sines.
Sabe-se que, em breve, se iniciará a sua electrificação até Beja e efectuarão algumas pequenas obras na via que permitirão aumentar a velocidade de circulação.
Desta vez, a ferrovia ganhou à rodovia (IP 8).
Mas a utilização do combóio - 2º transporte mais seguro do mundo - obedece a critérios de atractividade e qualidade. E duas questões se colocam neste momento e que não têm relação com a REFER mas com a CP, a saber: Horários e preços.
O horário não é, efectivamente, atractivo. Anteriormente, o Inter Cidades partia às 07.45 de Beja, o que permitia chegar a Lisboa - Terreiro do Paço, a horas muito favoráveis.
Agora o Inter Cidades parte de Beja às 08.26 e chega à Estação do Oriente às 10.45h o que manifestamente anula a utilidade da manhã para, por exemplo, tratar de assuntos na Administração Central ou estar presente em actos médicos.
Evidentemente que não é fácil conciliar interesses e horários, sobretudo quando se tem uma linha com muitos quilómetros de via única e um utilizador privado como é o caso da FERTAGUS. Mas tem de ser feito.
Uma segunda questão prende-se com o tarifário: 13 euros por bilhete simples,ida e volta 26 euros com 20% de desconto, o que dá 20.80 euros. Subiu mais de 3 euros com a alteração. Este tarifário reduz a vantagem competitiva face ao automóvel e face ao transporte em autocarro expresso.
Estas duas circunstâncias afectam a possibilidade de aumentar a quota de clientes maiores de 12 anos e menores de 65; isto é, do grupo de pessoas que não têm direito a qualquer redução de preço. Menores de 12 anos, cada vez há menos e maioresde 65, cada vez há mais.
E não me parece que o simples facto de se ter desclassificado o Inter Cidades da hora do almoço para Regional, seja suficiente para compensar esta falta de atractividade conquistadora de novos adeptos do transporte ferroviário.
Espero que o bom-senso e as autoridades sejam capazes de transformar em realidade o que é evidente. Provavelmente ainda não deram pela mudança porque há muito que deixaram de andar de comboio.
E quando se deixa de andar de comboio ou de autocarro, deixa de se conhecer a alma do povo.
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