terça-feira, outubro 04, 2005

Não dá para acreditar

Numa das circunstâncias particularmente stressantes para o candidato do Partido Comunista à Câmara Municipal de Beja - a propósito das polémicas em torno do Beja Pólis - Francisco Santos deu a perceber que a principal virtude da intervenção feita na Praça da República foi acabar com uma obra do regime fascista.
Quando ouvi tal coisa fiquei perplexo.
Francisco Santos revelou-se um homem parado no tempo, ortodoxo, arrogante, pouco inteligente e frustrado.
Confundiu ditadura severa com fascismo.
Branqueou a mais polémica das obras do Pólis com a exteriorização de um recalcamento.
Digo-vos com propriedade que se tivesse havido fascismo em Portugal, nem ele nem eu estaríamos aqui.
Se a lógica de Francisco Santos vingasse, assistiríamos nos próximos 4 anos à demolição do Liceu de Beja, da Escola Comercial e Industrial, do Tribunal, da Caixa Geral de Depósitos, do Banco de Portugal, do complexo desportivo - que integra a piscina, o pavilhão gimno-desportivo, o parque de campismo e o campo Flávio dos Santos - os Paços do Concelho, o edifício dos correios e a Barragem do Rocho.
Para desgosto dos democratas, a II República gerada em 25 de Abril de 1974, não teve o ensejo de deixar em Beja, ao longo de 31 anos, obra suficiente para apagar o protagonismo das obras da ditadura.
Ora se Francisco Santos soubesse o que estava a dizer, não teria proferido tamanha enormidade. Tão grande ou maior do que aquela em que disse que as infra-estruturas desportivas da cidade de Beja estavam ao nível do melhor que há na Europa.
Decididamente, não conhece Beja e é masoquista: adora dar tiros nos pés.

1 comentário:

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