terça-feira, dezembro 13, 2005

Tédio






Não há frescura nas idéias, nos projectos, nas iniciativas. Não há dados novos.

Não há discussão, esforço, irreverência, atitude.

Não há debate.

Este é o sentimento generalizado transmitido pelas pessoas com quem falo. Pouco estímulo, nenhuma emoção. Mesmo com o incidente envolvendo Mário Soares (felizmente sem consequências).

A comunicação social tomou conta dos destinos dos candidatos. Está a produzir o que vão ser os resultados.

Cada vez mais são os media que determinam a intenção do voto. Cada vez menos as candidaturas conseguem traçar os respectivos caminhos.

Aproximamo-nos muito (de novo) do limiar da necessidade de controlo dos órgãos de comunicação social com maior audiência ou tiragem. As nossas convicções são cada vez mais modeladas; fabricadas.

O poder dos media é tremendo. De tal forma que os próprios candidatos o receiam. Temem-no. Ao ponto de se reduzirem a trivialidades para não cometerem qualquer tipo de deslize.

O modelo é mau, não serve a democracia, o povo, a classe política e as Instituições.

2 comentários:

  1. Já leu o capítulo 28 do "Guia do mochileiro das galáxias?"

    Confere e veja se não é bem próximo disso...

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  2. Errei, não é o capítulo 28 de "Guia do mochileiro da galáxias". É o capítulo 28 de "O restaurante no fim do universo", da mesma série.

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