segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Lacunas da cidade

Beja está necessitada de visionários, líderes e planificadores.
Sabemos que existem mas não conseguem atingir posições onde possam protagonizar enquanto agentes de mudança. O status quo não deixa.
O projecto comunista, velho de mais de 25 anos, perdeu por completo a capacidade de regeneração. O município é comandado por um Engº. quadro superior dirigente, em vez de ser comandado pelo presidente e vereadores. A promiscuidade de interesses, os vícios e males provenientes da perpetuação no tempo de uma pseudo elite autárquica, está a corroer o futuro da urbe.
Não há ideias; não há projectos.
Por exemplo, a Beja Pólis esqueceu que necessitamos de um terminal rodoviário de carga. Penso mesmo que nem consta do PDM. Com as perspectivas geradas pelo EFMA/Alqueva, IP8, Aeroporto, Porto de Sines, é espantoso que não se fale sequer no assunto. Claramente é uma competência do município, o de planificar a implantação e construção de uma infrestrutura desta natureza, com a modernidade de apoios que implica, nos dias de hoje.
Subsidiariamente, o terminal rodoviário de passageiros está carecido de intervenções de fundo. Nem sala de espera possui. Está completamente desumanizado. Provavelmente a melhor alternativa é a integração deste num novo complexo, retirando-o do centro da cidade - que já foi fora da cidade - e instalando-o num local mais amplo e estrategicamente posicionado relativamente a uma nova circunvalação que inclua o acesso directo à estrada de Serpa, pelo IP2 ou até, em parceria com a EDAB e REFER, edificar um terminal intermodal, já a pensar em vôos mais altos.
É preciso pensar grande; é preciso pensar como Sebastião José de Carvalho e Mello.

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