Depois de ter varrido os sítios sobre informaç?o escrita regional, foi a conclus?o a que cheguei.
Considero que só existem vantagens competitivas na criaç?o de uma página, preferencialmente interactiva.
E um jornal regional passa a estar no mundo. A viajar em lapsos de segundo nos feixes de satélite. A chegar a toda a gente sem portes. A divulgar a vida económica e social da regi?o pelos que a n?o conhecem. A chegar ao coraç?o dos que est?o longe.
A miss?o de um órg?o de comunicaç?o social regional também passa pela promoç?o da sua área de influ?ncia no exterior. Por criar mercado fora das fronteiras geográficas. A catapultar os agentes económicos seus clientes e patrocinadores.
Entretanto - porque se abre aqui um outro nicho de mercado - porque n?o explorar uma nova actividade
promocional para as empresas, completamente diferente da publicidade tradicional e muito mais apelativa e a custos de produç?o mais baixos?
Porque n?o criar um SABE (serviço de apontadores de Beja), um NETPAX, um NETBEJA, etc., com ligaç?es aos outros sítios de maior tráfego?
O jornal pode ser o mesmo: o que se imprime e o que está na net.
Mas também pode ser diferente. Por exemplo, o jornal impresso pode ser semanal e o da net ser diário.
É que o jornal digital, praticamente só custa dinheiro na primeira ediç?o. As outras t?m como encargo a equipa de trabalho redactorial e a equipa de construç?o da página. Até essas podem ser as do quadro normal do jornal. Mas também pode gerar novos postos de trabalho auto-sustentáveis. E existem apoios ? criaç?o de novos postos de trabalho.
Que dizer da operacionalidade da execuç?o e da rapidez com que se actualizam notícias até ? hora da impress?o?
E a revoluç?o que tal implica no comportamento das diferentes publicaç?es?
Reparem que, de Setúbal para norte (com predominância do Norte), s?o inúmeras as publicaç?es regionais que est?o na net.
Do Alentejo (todo ele) apenas uma publicaç?o do norte alentejano, com alguma qualidade apelativa mas denunciadora de uma certa falta de objectividade. N?o se percebe a miss?o.
Depois existe um sítio designado de Alentejo Notícias. Abri logo!
Que frustraç?o!
N?o há qualquer notícia. Somos encaminhados para uma BBS americana, em brasileiro (portugu?s da América do Sul), para subscrevermos e, querendo, obter um endereço electrónico.
E só volta a haver informaç?o relativa ao Algarve.
Também na net, Portugal tem um buraco no meio (salvo seja).
Onde raio andará o projecto Alentejo Digital que nunca mais dei por ele?
Tenho de admitir assistir-nos uma pequenez endémica. Grandes no tamanho (relativamente), pequenos nas ideias e na ambiç?o colectiva.
Para aquelas (as idéias), existem concursos com prémios para as melhores. Poderá, no entanto, haver alguma preocupaç?o a situar nos avaliadores, mas isso é outra abordagem. Para além disso, quem tem grandes ideias regista-as e vende-as; n?o as submete a concursos.
Mas também se olham as boas ideias com desdém, porque n?o s?o as nossas. S?o as dos outros. Recalcamentos resultantes do síndroma da mediocridade.
Relativamente ?s dos outros ( as ideias dos que representariam a pequenez), alguém disse que as boas (as ideias) n?o eram originais e as originais n?o eram boas (as deles).
Que cenário t?o actual, meu Deus.
Quando as ideias surgem, consistentes e boas, com probabilidade elevada de concretizaç?o, que colhem inclusivamente apoio do poder, organiza-se a pompa e prepara-se a circunstância.
O problema está na concretizaç?o. Tal como no futebol, também aqui temos lacunas.
Existem factores de conting?ncia ao nível das equipas e do planeamento estratégico que a impedem.
Os sistemas de comunicaç?o e informaç?o est?o a mudar. Para 2000 desenrolam-se cenários que pareciam virtuais no âmbito das ci?ncias da computaç?o. O poder vai democratizar-se ainda mais, chegando de novo, em fecho de circuito, ?s m?os de quem o detém em primeira m?o: cada um de nós.
Vence quem possui o conhecimento e a informaç?o. Acompanha quem consegue apanhar o combóio. Perde quem calça as pantufas.
Podem, porém, estar a desenhar-se novas formas de controlo sobre as pessoas e nessa perspectiva, cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a doentes.
Por isso, Baixo Alentejo para a net, já e em força!
*Novas Tecnologias de Informaç?o.
Editado em 1999.11.23 para o programa "Factos e Opini?es" da Rádio Voz da Planície.
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